Para alguns pode ser mimimi, mas o bullying é coisa séria e, para pais e responsáveis é um assunto que deve merecer a atenção.
Se a criança ou adolescente sofre bullying na escola ou em outros ambientes, pais e escola devem ficar atentos e perceber todos os eventuais sinais, para que possam evitar problemas sérios no futuro e que possam atrapalhar o desenvolvimento saudável da criança.
Neste texto, entenda o que significa bullying, o cyberbullying e outras formas de agressão.
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O que é bullying?
Essa é uma forma de violência física ou psicológica, que ocorre repetidamente e de forma intencional. Pode ocorrer bullying na escola, na família ou em ambientes sociais.
Geralmente, é caracterizado por comportamentos agressivos, humilhações, ameaças, intimidações e exclusões que são praticados por uma ou mais pessoas com o objetivo de ferir, intimidar ou controlar outra pessoa.
O termo bullying vem do inglês bully, que significa valentão, foi usado pela primeira vez por Dan Olweus, psicólogo sueco da Universidade de Bergen, na Noruega. Foi Dan Olweus quem desenvolveu os primeiros estudos sobre bullying no fim da década de 1970, ao estudar tendências suicidas entre adolescentes descobriu que a maioria desses jovens tinham sofrido algum tipo de violência.
Quais os tipos de bullying?
Com o passar dos anos e o desenvolvimento de estudos, especialistas começaram a classificar o bullying por categorias e práticas, as mais comuns são:
- Violência verbal: por meio da agressão verbal, utilizando xingamentos, apelidos, insultos e ironias, com a intenção de insultar, zombar e ridicularizar a vítima;
- Violência psicológica: se refere a qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima da criança, prejudicando e perturbando o pleno desenvolvimento dela. Algumas de suas formas são isolar a vítima de um grupo social ou privá-la de participar de atividades coletivas ameaças, discriminação e perseguição;
- Agressão física: a violência física é a mais clássica e das mais traumáticas para a vítima, podendo suscitar em problemas psíquicos, como a depressão infantil. Sua manifestação se dá por empurrões, socos, chutes ou outros tipos de violência física;
- Assédio moral: é a agressão por meio de julgamentos pelo modo da criança ser quem ela é. Estabelecendo ela como antiquada e diferente em comparação a um grupo social, podendo vir associada a difamação e disseminação de mentiras e calúnias.
O que é cyberbullying?
O cyberbullying é uma prática insidiosa e cada vez mais presente na sociedade atual. A facilidade e a velocidade com que as informações são compartilhadas na internet permitem que esse tipo de bullying se propague rapidamente, alcançando um grande número de pessoas em pouco tempo.
Além disso, a sensação de anonimato que muitas pessoas têm ao se comunicar pela internet faz com que elas se sintam mais à vontade para agredir e difamar outras pessoas, sem medir as consequências de suas ações.
É importante destacar que o cyberbullying não é apenas uma brincadeira de mau gosto ou uma forma inofensiva de se divertir. Pelo contrário, ele pode ter consequências graves e duradouras para as pessoas que são alvo dessas agressões.
Muitas vezes, as vítimas do cyberbullying sofrem de depressão, ansiedade e outros problemas de saúde mental, e podem até mesmo desenvolver traumas que as acompanham por toda a vida.
Somente com um esforço conjunto, podemos garantir um ambiente online mais seguro e saudável para todos.
Como identificar o bullying?
Para identificar se uma criança está sofrendo bullying, é importante estar atento a sinais como:
- Mudanças repentinas no comportamento, como evitar a escola ou ficar recluso;
- Dificuldades em dormir, pesadelos frequentes ou insônia;
- Mudanças no desempenho escolar;
- Falta de apetite ou problemas digestivos;
- Ferimentos inexplicáveis ou pertences pessoais danificados.
Quais são as consequências do bullying?
O bullying pode trazer sérias consequências, com efeitos negativos e permanentes para as vítimas, tanto no aspecto físico quanto psicológico. Algumas das principais consequências incluem:
- Problemas de saúde mental: vítimas de bullying frequentemente sofrem com ansiedade, depressão, transtornos alimentares, automutilação e ideação suicida. Além disso, agressores também podem ter problemas de saúde mental, incluindo transtornos de conduta, abuso de substâncias e comportamentos criminosos;
- Problemas de desempenho escolar: o bullying pode interferir no desempenho das vítimas, que podem perder a motivação para frequentar a escola, faltar em aulas e apresentar dificuldades de concentração e aprendizado. Além disso, a presença do bullying pode criar um ambiente escolar hostil que afeta o desempenho acadêmico;
- Problemas físicos: o bullying pode causar problemas físicos, como dores de cabeça, dores musculares, insônia, perda de apetite e até mesmo doenças psicossomáticas.
Como combater o bullying?
Uma pesquisa da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) revela que 41,6% das vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram sobre o problema, nem mesmo com os colegas.
Esse dado demonstra o quanto é necessário e fundamental conversar com a criança e debater o assunto em sociedade. É sim possível trabalhar e desenvolver uma relação preventiva com a criança, abrindo um espaço seguro para que elas possam se abrir. Conversar sobre esse assunto precisa ser uma atividade natural, sem forçar.
Se você suspeita que uma criança está sofrendo bullying, é importante conversar com ela e oferecer suporte. Alguns passos que podem ser tomados incluem:
- Incentivar a criança a conversar e compartilhar seus sentimentos;
- Oferecer apoio emocional e psicológico;
- Conversar com a escola ou outras autoridades para tomar medidas efetivas contra o bullying;
- Encorajar a criança a praticar atividades que possam aumentar sua autoestima e confiança, como esportes, arte ou música;
- Monitorar de perto o comportamento da criança e estar atento a qualquer sinal de que o bullying possa estar ocorrendo novamente.
A prevenção está no centro da resolução do bullying, colocar as crianças no centro do debate com empatia, sem ditar regras ou fazer acusações, permite que elas possam expor as situações que estão vivendo, sem receio de serem repreendidas.
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