Por que meu filho se morde quando fica nervoso?

Criança pequena mordendo o próprio dedo

Muitas vezes, em consultórios médicos ou até em escolas é comum a frase: “Meu filho se morde quando fica nervoso, o que faço?”

A mordida é uma forma de expressão que a criança utiliza para demonstrar suas emoções e sentimentos.

No entanto, é preciso estar atento, pois nem sempre a mordida é um comportamento dentro do padrão de desenvolvimento da criança, podendo indicar um problema mais sério. É importante investigar as causas da mordida e encontrar maneiras eficazes de ajudar a criança a superar esse comportamento.

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Investigando e eliminando as causas da mordida

Embora a criança se morder pode ser considerado um comportamento comum, às situações em que ela o faz podem variar. Portanto, é importante observar o cotidiano da criança e identificar padrões para encontrar uma solução adequada para cada caso.

Um dos passos iniciais é investigar as possíveis causas para o comportamento de morder. Alguns motivos comuns incluem frustração, raiva, ansiedade, tédio, desconforto físico ou até mesmo fome. A criança pode estar procurando uma forma de aliviar a tensão ou chamar a atenção para suas necessidades.

Se a criança se morde quando está frustrada ou irritada, por exemplo, uma estratégia eficaz é ensiná-la a usar palavras para expressar seus sentimentos em vez de recorrer à mordida. Ensine a criança a dizer como se sente e por que está se sentindo assim.

Outro exemplo é se a criança se morde quando está ansiosa. Nesse caso, tente oferecer uma atividade relaxante, como desenhar ou fazer uma massagem nas mãos. Se ela se morde por tédio, ofereça brinquedos ou jogos que possam mantê-la ocupada.

No entanto, é importante lembrar que cada criança é única e pode ter motivos diferentes para se morder. Por isso, é fundamental investigar as causas deste comportamento e encontrar maneiras eficazes de ajudá-la a expressar suas emoções de forma mais saudável.

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Transtornos mentais e a mordida

Alguns transtornos mentais também podem estar relacionados ao comportamento de morder, como Déficit Intelectual e Transtorno do Espectro Autista. Portanto, é importante considerar essas possibilidades e buscar ajuda profissional para avaliar se a criança apresenta algum desses transtornos.

Uma avaliação psiquiátrica de qualidade pode ajudar a identificar ou descartar esses transtornos. Se houver suspeita de um transtorno, é importante buscar ajuda profissional para garantir que a criança receba o tratamento adequado.

Estabelecendo limites

Outra medida importante é estabelecer limites claros para o comportamento de morder

É importante que os limites sejam estabelecidos de forma consistente e firme, mas sem violência física ou verbal. Castigos severos ou agressão podem agravar o problema e fazer com que a criança se sinta ainda mais frustrada e com raiva.

Além disso, é importante que os pais e responsáveis tenham paciência e compreensão durante o processo de mudança de comportamento. Mudanças não acontecem da noite para o dia, e é possível que a criança precise de tempo e apoio para aprender a lidar com suas emoções de forma mais saudável.

É importante ensinar a criança outras formas de expressar suas emoções, como falar sobre seus sentimentos ou fazer uma atividade física para liberar a energia acumulada.

Além disso, é importante fornecer brinquedos ou objetos seguros para a criança morder. Existem mordedores especialmente projetados para crianças, feitos de materiais seguros e duráveis. Esses objetos podem ser oferecidos à criança como uma opção segura e aceitável para a mordida.

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Ensinando a criança a lidar com as emoções

Ensinar a criança a lidar com suas emoções é uma das maneiras mais eficazes de ajudá-la a superar o comportamento de morder. É importante ensinar a criança a reconhecer seus sentimentos e expressá-los de forma saudável.

Por exemplo, se a criança está com raiva, ensine-a a contar até 10 antes de agir e a expressar seus sentimentos com palavras. Se a criança está ansiosa, ensine-a a fazer exercícios de respiração profunda ou outras técnicas de relaxamento.

Também é importante que os pais e responsáveis sejam modelos positivos sobre como lidar com as emoções. Se a criança vê os adultos ao seu redor expressando suas emoções de forma saudável, ela é mais propensa a seguir esse exemplo.

Em resumo, é comum que crianças mordam a si mesmas quando estão nervosas ou frustradas. No entanto, é importante investigar as causas do comportamento de morder e encontrar maneiras eficazes de ajudar a criança a superar esse comportamento.

Estabelecer limites claros, oferecer alternativas seguras para a mordida e ensinar a criança a lidar com suas emoções são algumas das maneiras mais eficazes de ajudar a criança a superar esse comportamento.

Lembre-se de que mudanças não acontecem da noite para o dia e que a criança pode precisar de tempo e apoio para aprender a lidar com suas emoções de forma mais saudável. Com paciência e compreensão, é possível ajudar a criança a superar o comportamento de morder e desenvolver habilidades emocionais importantes para a vida e desenvolvimento.

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